Há momentos em que você sente uma necessidade premente de se evadir de seu “habitat urbano” para se maravilhar com o esplendor monumental da mãe-natureza, não se contentando com pouco. Então, com este sentimento instalado, é altura de visitar um destino turístico de eleição: o Grand Canyon!
Localizada no oeste dos Estados Unidos, no estado do Arizona, esta maravilha natural consiste num gigantesco fenómeno de erosão provocado, para além de outros fatores, pelo rio Colorado, ao longo de bilhões de anos. Tem uma extensão de 450 Kms, atingindo profundidades até 1800m, e se divide em zonas geográficas distintas: North Rim e South Rim, ladeado a este e a oeste por duas reservas de ameríndios: Havasupai e Hualapai, respetivamente.
Poderia se pensar que também no continente sul-americano encontramos locais semelhantes; de fato, podemos encontrá-los no Peru, na Venezuela, na Colômbia ou mesmo no Brasil ou na Argentina, se destacando por sua beleza, por seus longos desfiladeiros, quedas de água ou fendas geológicas abismais. Mas o Grand Canyon é isso tudo em uma só vez e de uma forma realmente grandiosa (daí a designação de ‘Grand’).
A parte sul é a que regista maior alfuência anual de visitantes, de entre os 4 milhões no total, dado ser geologicamente mais acessível para quem a visita pela primeira vez e porque fica mais próxima do aeroporto principal da região, em Las Vegas.
Do ponto de vista turístico, o Grand Canyon é enquadrado pelo Parque Nacional, no âmbito do qual encontramos, na parte sul, a Grand Canyon Village, que serve de centro de visitas e de onde partem os itinerários que nos conduzem aos pontos de observação e são percorridos por autocarros num vai-vem constante. Ao longo de uma rede imensa de miradouros e trilhas para percorrer, a pé, junto aos desfiladeiros, em viatura ou de autocarro, não faltam locais de repouso, alojamento, restauração e diversão. Não existe, portanto, necessidade de reservar restaurante para jantar (o almoço é apenas um snack ligeiro e rápido, para não quebrar o ritmo da visita). No entanto, se torna importante reservar alojamento antes mesmo de viajar, inclusive na época menos concorrida. Aliás, é essencial planejar bem e com antecedência, para evitar contratempos e não se perder tempo precioso.
Por falar em planejamento, como escolher a melhor época para a visita? O grosso do turismo se concentra, naturalmente, na altura do verão. Mas você quer, precisamente, escapar ao bulício citadino, se lembra? Pretende evitar o bulício das multidões ao longo dos meses de Junho a Agosto e o consequente desgaste físico e ambiental que o parque vai apresentar no outono. Então, por exclusão de partes, a melhor altura é o início da primavera (no hemisfério norte), em Março, com a natureza a despontar, fresca, o parque a acordar para uma nova época e as últimas neves invernais a não incomodarem demasiado. Mas se preferir tempo mais ameno, o mês de Maio constituirá, porventura, a alternativa mais equilibrada.
De qualquer modo, com bom planejamento, certamente você fará uma visita inesquecível a um dos cenários mais imponentes do mundo inteiro!
Realmente a natureza é fantástica!