Belo Horizonte (ou “BêAgá”-BH, como é carinhosamente chamada por muitos) é capital do estado de Minas Gerais – na verdade, a segunda capital, já que ela surgiu em virtude da antiga capital, Ouro Preto, estar espremida entre as montanhas, não tendo mais espaço para crescimento sócio-econômico. Belo Horizonte foi a primeira cidade planejada do Brasil e inspirada em cidades modernas como Paris e Washington.
A cidade tem 2,4 milhões de habitantes, fazendo desta uma das maiores metrópoles do país. A circulação de pessoas e automóveis costuma ser frenética nas grandes ruas e avenidas, como de costume nas grandes metrópoles brasileiras.
Recentemente, a Praça da Estação foi renovada ganhando iluminação, chafarizes e segurança reforçada. A praça fica em frente ao moderno Museu de Artes e Ofícios e é frequentada inclusive à noite por moradores tranquilos que acompanham o movimento dos ônibus ou aguardam um encontro marcado num dos bancos dos jardins. Esta segurança agrada aos moradores, que ecoam os versos do mineiro Carlos Drummond de Andrade em seu livro “Alguma Poesia” sobre os requintes do paisagismo de inspiração francesa, “Jardim tão pouco brasileiro…mas tão lindo”.
A Praça da Liberdade é sede do poder estadual e em uma rua ao seu lado, há estátuas de Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos, Hélio Pellegrino e Otto Lara Resende, dois deles sentados, dois em pé, em uma cenário de uma visível e deliciosa “prosa à mineira”, já que para relaxar e conversar é hábito bem conhecido do mineiro.
Em algum recanto do bairro da Pampulha, começaram as ideias iniciais para a construção de Brasília, quando o prefeito Juscelino Kubitscheck convidou Oscar Niemeyer para projetar uma série de construções em torno da lagoa – a Casa do Baile, a Igreja Francisco de Assis, o Iate Tênis Clube e o antigo Cassino, depois Museu de Arte da Pampulha.
A Igreja é frequentemente escolhida para simbolizar Belo Horizonte, cheia de curvas e visita obrigatória de quem vem a esta cidade. Nos fundos, o painel azul e branco pintado por Cândido Portinari. Pouco depois da Segunda Guerra, o artista retrata um São Francisco de olhos arregalados, as mãos crispadas, um santo em apuros explicando para os faisões o que os homens andam fazendo com o mundo. Os moradores se referem ao lugar -onde são celebradas missas concorridas aos domingos- como “Igrejinha da Pampulha”.
Dá para percorrer a pé a distância da Igreja até o famoso estádio do Mineirão, por exemplo (após talvez uma vitória brasileira, para agradecer?) e emendar o Zoológico e o Museu de Arte com uma corrida de táxi, se você não estiver de carro.
Uma curiosidade é que a cidade possui muitos bares e botequins na cidade, o que a levou a ser conhecida como “capital mundial dos botecos”. A hospitalidade mineira não está, no entanto, somente nas mesas de bares, mas também nas praças, feiras e muitos espetáculos ao ar livre existentes na cidade.
Para quem quer experimentar a hospitalidade mineira e fazer jus ao título de capital dos botecos, as ruas Pernambuco, Alagoas, Tomé de Souza, Major Lopes e Avenida Gabaglia são as mais procuradas.
Há até mesmo um carnaval fora de época, o Carnabelo, que ocorre em novembro. E nas férias de julho, há um Festival de Cachaça.
A culinária mineira dispensa comentários, já que é nossa velha conhecida e sabidamente deliciosa. Nas regiões do Savassi é onde ocorre a vida noturna, movimentando bares e boates da cidade. Cafés, bares com música ao vivo e muitas cervejarias para bater um papo e virar a noite com muito alto astral.
A cidade está cercada pelas montanhas da Serra do Curral, com clima agradável durante todo o ano, o que permite a realização de roteiros de ecoturismo inesquecíveis. Riachos e cachoeiras escondidos em trilhas que ficam a poucos quilômetros do centro de Belo Horizonte.
Difícil visitar o estado de Minas sem mencionar as cidades históricas. Ouro Preto fica a 95 km e conecentra um acervo grande de arte e religiosidade, além das famosas Tiradentes, Congonhas e Mariana.